Nova mudança de endereço

Galera, estou mudando o formato do blog para podcast. Como quem visitava ou visitou aqui pôde notar, já não posto no blog há mais de 1 ano. Para isso, voltei ao Wordpress, mais prático pra mim no momento, pois Livre Arbítrio virou o ArbítrioCast (podcast do blog Livre Arbítrio). Vão lá, a primeira edição já está pronta, acabou de sair do forno:

http://livrearbitriogodinho.wordpress.com/

Ao Mestre, Com Carinho

Nelson Mandela não pôde ir a abertura da Copa devido ao triste falecimento de sua bisneta em um acidente. Mas a sua ausência não diminuiu a enorme importância deste dia da abertura de Copa. Uma belíssima festa, com muito colorido e animação marcaram o evento. Mas vamos falar do mais importante, dos jogos. Dois empates, dois gols.

- África do Sul 1 x 1 México

No primeiro tempo, domínio total do México. O time da terra do Chaves apertou demais a saída de bola dos sul-africanos, explorando muito as descidas pelo lado direito do ataque mexicano, com Aguilar em cima do fraquíssimo lateral esquerdo Thuwala. O México teve no mínimo três chances claríssimas de marcar um gol, fora um gol anulado justamente por impedimento. A África chegava as vezes com algumas jogadas de Tshubalala com Gaxa pela direita e com alguma colaboração do inseguro goleiro Perez. O primeiro tempo terminou num surpreendente 0 a 0. Giovani dos Santos, ex-Barcelona, foi o destaque do primeiro tempo (e era indiscutivelmente o melhor jogador tecnicamente em campo). No segundo tempo, Kiko, digo, Parreira ajeitou a marcação e aos poucos a África do Sul equilibrou a disputa pela posse de bola e meio de campo com o bom Tshubalala e o burorático Pienaar teve mais liberdade para tabelar e criar jogadas de ataque. Aos 10 minutos, Tshubalala foi premiado com um golaço, um petardo no ângulo, como diriam os antigos. O jogo parecia que ia se encaminhando para uma vitória dos sul-africanos, pois o México não ameaçava mais (teve apenas um chute forte de Giovani). Porém, em uma cobrança de falta, Rafa Márquez empatou o jogo com muita categoria. O gol é uma mostra da ingenuidade futebolística dos donos da casa: a linha burra de impedimento não funcionou, Mokoena dormiu e ficou sozinho no meio de dois mexicanos. Guardado desviou levemente de cabeça e Marquez (que não é o repórter da Rádio Globo) definiu. Ainda teve a chance do jogo no final quando Mphela recebeu um lançamento de Khune e chutou na trave do goleiro mexicano. Uma pena. O povo sul-africano merecia ter ganho neste jogo de abertura. Nelson Mandela merecia este presente, mas tudo bem. Depois do que eu vi no outro jogo do grupo, acredito que os donos da casa tenham chance de passar de fase. Como os meu comentários são totalmente parciais, torço muito para que os donos da casa e os mexicanos passem de fase neste grupo. Foi um jogo bem legal e bastante animado, ao contrário do jogo seguinte...

- Uruguai 0 x 0 França

A Jabulani sofreu demais! Nossa, que jogo ruim. Perdi uma hora e meia da minha vida esperando um gol naquele jogo. Dois times sem criatividade, errando muitos passes. O Uruguai extremamente dependente de Forlán, que arma as jogadas, faz gol, pinta, borda e faz uma faculdade de Física Quântica ao mesmo tempo. O time francês sem inspiração, com Ribery muito mal, Evra pouco inspirado, Gourcoff querendo ganhar medalha de ouro em chute à distância e CAnelka... bem... errando tudo como sempre e matando de canela quando possível. Henry entrou (aos 30 do segundo tempo!!!), mas não mudou o triste panorama do jogo. Esse treinador da França é maluco, aliás... Como deixar Henry e Malouda no banco? O time do Uruguai como diria o Sr.Omar é trágico... É só o Forlán, o Lugano e ninguém. Ainda teve um cara que entrou no segundo tempo e conseguiu ser expulso... Como diria Paulo Bonfá, esse foi um jogo duro... de assistir.

- A gostosa do dia... Eu queria ser uma bandeira da África do Sul... Pena que o tarado não olhou pra cima...

- Uma bela imagem panorâmica do Soccer City, estádio da abertura.

Em protesto, não exibirei nenhuma imagem da pelada entre Uruguai e França.

- Os gols de África do Sul e México.

Até amanhã!

PS. Este post é uma singela homenagem a Nelson Mandela e a todos os heróis que lutaram contra o apartheid e que hoje podem ver uma Copa sendo realizada na África. Ao Mestre Mandela os pêsames pelo falecimento de sua bisneta e muita força a este personagem extraordinário.

Como lidar com badernistas na sala de aula

Simples. Um vídeo para amenizar o dia. Você professor, que quer aprender a como lidar com os alunos mais endiabrados, basta assistir a esta maravilhosa dica do professor Gilmar. Com certeza, a tranquilidade retornará as suas aulas.

Obrigado pela dica, mestre!

Por que todo mundo ignora o Chris?

- Porque ele é feio demais!

Volto a postar no blog depois de alguns meses para tentar responder a esta pergunta. A série é muito boa, uma das melhores comédias que já foram criadas nos últimos tempos, com excelente texto, personagens e piadas. Então porque os blogs de séries em geral e a grande mídia ignoram o Chris? Vão aí algumas explicações possíveis:

1- Crítica ao racismo: A série é focada na crítica ao racismo, já diria o Capitão Óbvio. A narrativa da infância do Chris adolescente também é uma das vertentes da história, mas nem de longe o foco principal da série. Mas quem for ver alguns vídeos no Youtube e a biografia de Chris Rock vai perceber que a crítica ao racismo foi e é o foco de sua carreira como comediante. As críticas ao racismo na série são contundentes e inteligentes (a ótima Sra. Morello que o diga). Num país como o Brasil, onde o racismo existe de forma intensa, mas é varrido para debaixo do tapete, deve ser difícil de ver que essa realidade existe e está presente por aí. Deve ser difícil para a elite que usa a internet aqui no Brasil ver uma comédia que fala toda hora de racismo! Que coisa chata! É melhor ver Friends e ver se o Ross e a Rachel vão voltar pela bilionésima vez! (Irônico on).

2- Pessoas pobres: Friends serve como gancho para o possível segundo motivo de todo mundo ignorar o Chris. A próposito sou fã de Friends, acho a série uma das melhores comédias de todos os tempos. Mas a maior parte dos seriados falam de pessoas ricas ou de classe média (em geral brancas), com vidas de marajá, indo a inúmeras festas ou vivendo em lindos subúrbios com casa cercadas cercadas por belos jardins. Não me lembro de nenhuma série americana que tenha retratado a vida de famílias pobres como o Chris. Honestamente, vejo por aí mais figuras como o Julius, Rochelle, Perigo e o Golpe Baixo do que Monica, Chandler e qualquer personagem de Gossip Girl. Bed Stuy (Só doido vai!) é a antítese do mundo perfeito das séries em geral: é perigosa, violenta e incrivelmente... comum e real. Deve ser um saco ver um bando de pessoas pobres e um lugar imundo na TV! Já não basta ver isso no Brasil Urgente ou no Ratinho!

3- Mulheres: Chris é extremamente honesto com as suas opiniões em relação as mulheres. Elas são complicadas, cheias de problemas e não são quase nada românticas. Isso deve irritar as mulheres também. Mas quem vê uma série de comédia as vezes se esquece que tudo ali é caricatura, tudo é exagerado. Algumas das frases dele em relação as mulheres são ótimas, perfeitas, hilárias.

4- Será que as pessoas realmente ignoram o Chris? - Os blogueiros especialistas em séries e a grande mídia sim, mas a audiência não. A maior comunidade sobre o seriado no orkut tem cerca de 209 mil pessoas inscritas, mais do que a maior comunidade de 24 horas (apesar de estar escondida na grade da Globo no início do ano) e Smallville, duas das séries mais populares da TV. Na Record, a série teve entre 10 e 11 pontos de picos de audiência durante a sua exibição, que podem ser considerados excelentes para uma série americana no Brasil. No ranking do site Minha Série, Chris está em segundo lugar na preferência de acessos da audiência (com nota 9,5), apenas atrás da série mais popular do momento, Supernatural. Ou seja todo mundo ama o Chris, só alguns poucos que não querem ou não podem ver não enxergam a realidade: Chris é uma das melhores comédias dos últimos 10 anos, quiçá pra mim a melhor comédia da década. Mas é isso aí, ninguém é obrigado a concordar comigo.

Mas pobre de quem a ignora. E se depender de mim, Everybody Hates Chris nunca passará batido.

Os idiotas do verão

- E aí, o q ocês tão achando do verão?
- Uma maravilha!

Como diria algum jênio apresentador de reality show: "Estamos de volta!". Com a esperança de que alguém leia esta budega de blog, vou continuar TENTANDO, eu disse tentando, postar regularmente. Mas vamos ao tema do post de hoje.

E impressionante como vemos na TV, na hora da previsão do tempo as gostosas dizendo que o tempo está uma maravilha, que felicidade, estamos sublimando com um calor de 50 graus! Eu acho isso muito ridículo, pois a maioria do povo trabalha e tem que lidar com um calor infernal, capaz de fritar um ovo na rua em 2 minutos. Como se não bastasse, em alguns lugares falta luz e água e as operadores demoram dias para resolver o problema. Agora imagine a situação dessas pessoas. Sem luz e sem água por 2 dias, essas pessoas devem estar adorando o verão, que torrar, ficar fedendo e morrer de sede no calor deve ser uma maravilha, não?

Outra coisa que eu particularmente acho uma idiotice é a obrigação de todo ter que necessariamente amar calor. Peraí, tem gente (eu me incluo nesse grupo) que não suporta a ideia de ir pra praia ou simplesmente torrar embaixo do sol. O pior é que graças a essa imgem criada pela imprensa, quem não gosta de calor é um grande idiota. Quando você fala isso na rua, que não gosta de calor, as pessoas viram pra você e te acham um alien. "Como assim, você não gosta de calor? Que espécie de ser humano é você?". A única coisa boa do calor são as gostosas de biquini na praia e com roupas curtas na rua. Tirando isso, acho que o calor é uma droga.

Mas as pessoas que dizem isso podem curtir o calor a vontade, tem tempo e dinheiro pra isso, não sofrem com quedas de luz ou falta da água. Por isso eu digo, com ar-condiocionado até eu amo o calor.

Para pensar

Todos ficaram muito irritados com as piadinhas de Robin Williams, falando mal do Rio e do Brasil, retratando como muitos americanos (ou estadunidenses), com toda razão. No fim de semana ouvi em uma rádio qualquer utilizando o termo "África" se referindo a bagunça, zona, desordem. Os africanos também não devem ficar felizes quando ouvem seu continente virando significado de coisa ruim, também com razão. É óbvio que um erro não justifica o outro, mas vale a pena refletir: será que nós além de sermos vítimas de preconceito, também não somos preconceituosos?

Bairrismo idiota

Rio de Janeiro ou São Paulo? BH ou Porto Alegre? Salvador ou Recife? Nova York ou Chicago? Paris ou Londres? Tchita ou Vladivostok? Aral ou Omsk? Tem coisas que eu amo no Rio que odeio em São Paulo e vice-versa. Não tenho a resposta exata para nehuma destas perguntas, porque não existe cidade absolutamente melhor nem pior, apenas diferente (como o lema do Salgueiro em 1958). Há em cada um dos habitantes das cidades, estados, países e continentes (e até bairros, por que não?) um sentimento de orgulho por ter nascido, constituído vida, enfim, ter feito parte da história coletiva daquela localidade. E há, obviamente, por muitas vezes, provocações entre habitantes dessas localidades, o que é perfeitamente normal. O problema é quando isso vira justificativa para determinados atos de agressão entre essas pessoas. Isso é o bairrismo, puro, simples e idiota.

Aqui no Brasil, há algumas atividades onde este mal fica mais evidenciado, como atualmente no futebol. Há diversas teorias conspiratórias imbecis, apoiadas por jornalistas idiotas dizendo que os times de São Paulo ou do Rio estão armando pra ganhar o campeonato. Que há milhares de esquemas pra que alguém ganhe o campeonato. Então não sei porque os jogadores entram em campo, deve ser provavelmente para encenar um mero espetáculo com script definido. Então deveriam parar de falar em teorias da conspiração e se preocuparem com outros problemas, dentro (falta de estrutura dentro dos clubes, salários atrasados, etc.) e fora do futebol que afetam muito mais o jogo do que a possibilidade do time A, B ou C ganharem um campeonato porque há um esquema pré-estabelecido.