terça-feira, 22 de setembro de 2009

1 docim


- A Índia é muito mais que uma novela!

Bom, um vídeo engraçado pra descontrair. Virou moda agora na internet fazerem legendas engraçadas de línguas diferentes como o indiano e o japonês. Talvez o primeiro grande boom deste novo filão "artístico" tenha sido o clipe de Golimar, uma espécie de Thriller indiano. Depois dele vieram inúmeras versões de músicas em hindu, japonês, mandarim e até mesmo em inglês que podem ser vistas em profusão no Youtube. Para mostrar um exemplo, hoje postarei o mais engraçado deles, o vídeo 1 docim, adaptado da música Urvasi urvasi, do cantor indiano Prabhu Deva.





Vocês podem zoar várias coisas nesse clipe, mas uma coisa não há de se negar: os caras dançam muito bem!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Fugees: The Score e seus artilheiros



No momento em que escrevo este post estou ouvindo este cd: The Score, do grupo de hip hop The Fugees (uma abreviação da palavra em inglês refugees, que em bom português quer dizer refugiados). Este nome se deve ao fato de dois dos integrantes, Wyclef Jean e Pras Michael serem imigrantes haitianos que foram para os EUA quando pequenos.

Gosto de hip hop, mas nem de longe é o meu estilo preferido. Ouço de vez em quando alguma coisa na rádio, outra em festas, mas quando estou em casa, de bobeira, hip hop não faz parte praticamente da lista de músicas que costumeiramente ouço. Não sou especialista no estilo, o que eu conheço de história do estilo é o que ouço de vez em quando na TV ou do que eu leio as vezes na Internet. Sei que o grande pioneiro do hip hop foi o Grandmaster Flash, mas nunca ouvi uma música do cara (talvez já tenha ouvido, mas não associe a música ao músico). Portanto o que posso dizer nas próximas linhas pode ser uma grande besteira.

Mas The Score me impressionou demais. Não é um cd simples de hip hop. Tudo me impressionou neste disco: a escolha das músicas que foram sampleadas, a qualidade e a força das letras (e as vezes até mesmo o bom humor), as boas interpretações de Wyclef Jean, Pras Michael e da bela pérola negra Lauryn Hill. Hoje nos acostumamos a formular em nossas cabeças que o hip hop são clipes de caras engravatados, que esbanjam fortuna andando em Ferraris e Lamborghinis, cercados por várias gostosas, todas prontas para servir ao senhor rapper. Mas ouvindo The Score e me lembrando de alguns outros compositores de hip hop da mesma época do Fugees e até de épocas anteriores chego a conclusão que há muita coisa boa do hip hop que vale a pena ser valorizada e salva. Nada contra os rappers engravatados, adoro ouvir suas músicas nas festas. Mas como dizia o Titãs em Comida: "A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão, balé." Vale lembrar que este cd ganhou vários prêmios e vendeu muito (ganhou uns Grammys), então dá pra dizer que as pessoas sempre valorizarão música de boa qualidade.

Ready or Not, Fu-Gee-La, Killing Me Softly (regravação da música interpretada por Roberta Fleck), No Woman No Cry (bela interpretação de Wyclef). Apesar dos grandes sucessos o disco é muito mais que isso. O tema principal é a relação dos refugiados com a nova terra, mas também fala de violência, amor, dentre outros temas, de forma interessante. As músicas são boas para ouvir e para dançar também (os quatro hits desse disco tocavam e ainda tocam de vez em quando nas festas). O que faz uma música boa e de qualidade: além de entreter, nos faz refletir sobre coisas as quais nunca reparamos antes.

The Score é uma obra-prima do hip hop, porém ainda não mudou a minha relação com o hip hop. Continua não sendo meu estilo de música preferido. Mas com os seus artilheiros eficientes e visionários, The Score faz com que o hip hop ganhe pontos comigo.





domingo, 20 de setembro de 2009

Top 5 - Melhores Novelas


Por mais que para alguns possa ser surpreendente, existem novelas que são uma bela porcaria (por exemplo citaria todas as realizadas atualmente). Mas ainda há uma boa lista de novelas que se salvam dessa mediocridade. Como eu eu sou um cara que gosta de novelas, mas de novelas as quais realmente acho boas, resolvi em homenagem à elas fazer uma lista das 5 novelas das quais eu mais gosto. Talvez alguma (ou nenhuma) delas esteja a seu gosto, caro leitor, mas para isso serve a caixa de comentários. Comentem, critiquem a vontade. Agora chega de papo e vamos a lista:

- Mandacaru (exibida pela Rede Manchete entre 1997 e 1998, reprisada pela Band em 2006):



Direção: Walter Avancini
Roterista: Inicialmente escrita por Carlos Alberto Ratton (inspirada na obra Dente de Ouro de Menotti Del Picchia). Posteriormente este foi substituído por uma equipe de roteiristas liderada por Calixto de Inhamuns e Douglas Salgado.
Principais do elenco: Carla Regina (Juliana Guedes), Murilo Rosa (Tenente Aquiles), Victor Wagner (Tirana) e Benvindo Siqueira (Zebedeu).

A novela durou 11 meses, foi uma das mais longas da história, mas se manteve boa graças ao excelente elenco e ao brilhante texto. Em alguns momentos a novela ficou cansativa, mas graças a personagens como Zebedeu e Dr. Edgar (Jandir Ferrari), a trilha sonora, as cenas de ação com tiroteios e explosões, os excelentes diálogos e outros momentos onde Carla Regina, Viviane Victorette, Nani Venâncio, Alexia Deschamps dentre outras aparecem nuas fizeram com que os momentos de insatisfação com a novela fossem diminutos. Mais um belíssimo trabalho do genial Avancini (que dirigiu a excelente Xica da Silva também na Manchete, dentre outras), que certamente merece o seu lugar em uma lista que fale de melhores novelas.



- A Viagem (Globo, 1994, remake da versão original de 1975 da TV Tupi)


Direção: Wolf Maya
Roteirista: Ivani Ribeiro (com colaboração de Solange Castro Neves)
Principais do elenco: Antônio Fagundes (Otávio), Christiane Torloni (DINÁ!) e Guilherme Fontes (Alexandre)

Mais um sucesso de Ivani Ribeiro, A Viagem de 1994 é um remake da versão original escrita em 1975 e exibida na TV Tupi. Esta novela foi inovadora e boa por tratar de um assunto como espiritismo de uma forma atraente e não afetada. Antônio Fagundes é o mocinho (e não um velho imigrante italiano chato), Christiane Torloni está gostosa mesmo com cabelo curto, Maurício Mattar faz muito bem o papel de marido obssediado e o Alexandre... este está literalmente espantoso!



- Betty, A Feia (RCN, Colômbia, 1999, com continuação "Ecomoda" em 2001. Exibida no Brasil pela RedeTV em 2002-2003 e 2004-2006)



Direção: Mario Ribero
Roteirista: Fernando Gaitán
Principais do elenco: Ana Maria Orozco (Beatriz ou Betty Pinzón), Jorge Abello (Armando Mendoza), Natalia Ramirez (Marcela Valencia)

Muitos vão dizer: você tá maluco, botar uma novela mexicana nesta lista? Pra começar, a novela é colombiana. Que é mal feita, mal produzida, que todos no elenco são canastrões: pelo contrário! O elenco é excelente e a novela é muito bem feita. Pô, então só deve ter baranga... Que nada! As beldades que aparecem ao longo da novela (a Patrícia, Marcela, Aura Maria, as inúmeras modelos que passam pela Ecomoda e a própria Betty quando fica bonita) são mais um motivo pra gostar da novela. Aliás, que novela aqui no Brasil foi exibida em mais de 100 países pelo mundo, inspirou várias versões, inclusive uma bizarra versão alemã e a série Ugly Betty, premiadíssima nos EUA? Portanto, pensem duas vezes antes de zoarem a novela da Feia.
P.S. A Record exibe a versão brasileira, Bela, A Feia.



- Pantanal (1990, Manchete)



Direção: Jayme Monjardim
Roteirista: Benedito Ruy Barbosa
Principais do elenco: Cristiana Oliveira (Juma Marruá), Marcos Winter (Joventino), Claudio Marzo (José Leôncio e Velho do Rio)

A Manchete fez boa parte das melhores novelas exibidas em solo nacional: Dona Beija, Xica da Silva... Dessas, Pantanal foi a novela que obteve maior destaque, chegando a derrubar a poderosa Globo. Foi a única novela não-global que atingiu mais de 40 pontos regularmente de audiência na TV. A surra foi tão grande que a Globo fez uma versão muito parecida anos depois: a novela Renascer, escrita pelo próprio Benedito anos depois. Enfim, Pantanal foi uma grande novela inovadora, bem feita, com uma excelente trilha musical (talvez a melhor da história das novelas), pôs a região pantaneira no mapa. Tinha o sensacional Velho do Rio, a guerreira Maria Bruaca e o sinistro Tenório. Ainda por cima mostrava os maravilhosos banhos de rio da Juma e da Guta (putz! Que mulher maravilhosa é essa Luciene Adami).



- Os Imigrantes (1981-1982, Band)


Direção: Atílio Riccó, Antonio Abujamra, Henrique Martins e Emilio di Biasi.
Roteiristas: Benedito Ruy Barbosa, Wilson Aguiar Filho e Renata Pallotinni
Principais do elenco: Rubens de Falco (Antonio di Salvio), Othon Bastos (Antônio Pereira) e Maria Estela (Isabel)

A novela que melhor retrata o processo de imigração para o Brasil no final do século XIX. Esqueça os Berdinazzi, os Mezenga e o Antônio Fagundes. Rubens de Falco e outros estão matando a pau. Talvez a melhor novela feita pela Band.