quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Para pensar

Todos ficaram muito irritados com as piadinhas de Robin Williams, falando mal do Rio e do Brasil, retratando como muitos americanos (ou estadunidenses), com toda razão. No fim de semana ouvi em uma rádio qualquer utilizando o termo "África" se referindo a bagunça, zona, desordem. Os africanos também não devem ficar felizes quando ouvem seu continente virando significado de coisa ruim, também com razão. É óbvio que um erro não justifica o outro, mas vale a pena refletir: será que nós além de sermos vítimas de preconceito, também não somos preconceituosos?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Bairrismo idiota

Rio de Janeiro ou São Paulo? BH ou Porto Alegre? Salvador ou Recife? Nova York ou Chicago? Paris ou Londres? Tchita ou Vladivostok? Aral ou Omsk? Tem coisas que eu amo no Rio que odeio em São Paulo e vice-versa. Não tenho a resposta exata para nehuma destas perguntas, porque não existe cidade absolutamente melhor nem pior, apenas diferente (como o lema do Salgueiro em 1958). Há em cada um dos habitantes das cidades, estados, países e continentes (e até bairros, por que não?) um sentimento de orgulho por ter nascido, constituído vida, enfim, ter feito parte da história coletiva daquela localidade. E há, obviamente, por muitas vezes, provocações entre habitantes dessas localidades, o que é perfeitamente normal. O problema é quando isso vira justificativa para determinados atos de agressão entre essas pessoas. Isso é o bairrismo, puro, simples e idiota.

Aqui no Brasil, há algumas atividades onde este mal fica mais evidenciado, como atualmente no futebol. Há diversas teorias conspiratórias imbecis, apoiadas por jornalistas idiotas dizendo que os times de São Paulo ou do Rio estão armando pra ganhar o campeonato. Que há milhares de esquemas pra que alguém ganhe o campeonato. Então não sei porque os jogadores entram em campo, deve ser provavelmente para encenar um mero espetáculo com script definido. Então deveriam parar de falar em teorias da conspiração e se preocuparem com outros problemas, dentro (falta de estrutura dentro dos clubes, salários atrasados, etc.) e fora do futebol que afetam muito mais o jogo do que a possibilidade do time A, B ou C ganharem um campeonato porque há um esquema pré-estabelecido.